

Para treinar tecnicas de censo de aves, os alunos tiveram que descobrir uma serie de especies novas para a Ciencia ao longo de uma das Avenidas da capital!
a saltar de ilha em ilha...
O táxi, um carro ligeiro, vinha completamente a abarrotar: motorista mais duas pessoas nos bancos da frente, quatro pessoas (eu mais 3 senhoras avantajadas) nos bancos de trás e o oitavo passageiro (que por acaso nem era extraterrestre nem nada) no portabagagens com a carga. Há ainda que referir que, mesmo para a média do estado de conservação do parque automóvel santomense, este táxi estava podre. E não digo isto apenas por raiva de a minha viatura não funcionar: a ferrugem já tinha consumido partes consideráveis da chaparia, a andar o carro fazia um barulho ensurdecedor, os vidros só abriam a alicate e a ignição só funcionava com chave de parafusos!
O tema da conversa não podia ser mais típico da ruralidade do Mé-Zóchi: O preço da cenoura no mercado, que neste dias chega a 60 contos o quilo (um conto são 1000 dobras e um euro vale 24500 dobras – e sim um milhão de dobras não chega a 50 euros, perguntem porquê ao Banco Mundial). A zona da Monte Café, no distrito de Mé-Zóchi, tem uma produção hortícola muito importante para o abastecimento do mercado na capital, em especial de produtos que preferem climas um pouco mais frescos (batata, feijão, cenoura, tomate). A indignação dos passageiros do tal táxi dirigiam-se sobretudo à especulação que é feita pelas palaiês (vendedoras ambulantes de vegetais, mas tambem peixe, frutos, sumos, doces ...). A prática corrente é que as mulheres dos produtores se desloquem bem cedo (uma/ duas da madrugada) para a cidade, onde vendem os produtos a intermediários (como as palaiês) ou para elas próprias venderem os produtos no mercado (Por isso é frequente ter que acordar a pessoa que queremos que nos venda qualquer coisa no mercado).