quarta-feira, 15 de julho de 2009

Madeira downhill

Os madeireiros de São Tomé não têm uma profissão nada fácil. A maioria da boa madeira está em zonas com muito maus acessos e em terrenos com muitas inclinação, onde muitas vezes só é possível trabalhar durante a gravana. É muito bom para a preservação das florestas, mas vejam só a trabalheira que dá arrancar umas tábuas por estas bandas:
- Escolher uma árvore de boa madeira e grandes dimensões;
- Acartar uma motosserra encosta acima, muitas vezes abrindo ou melhorando caminhos;
- Deitar a árvore abaixo;

(Nesta fase do processo, nas zonas mais inclinadas, isto significa que a árvore não só vao cair no chão como também se vai arrastar pelo chão da floresta, e tudo o que apanhar pela frente, até chegar a terreno mais plano. Basicamente a árvore provoca uma derrocada e chega lá abaixo já partida)
- Cortar a árvore em tábuas ou barrotes;


(Apenas as partes mais valiosas da madeira são aproveitadas, porque o transporte é muito difícil, tudo o resto fica na floresta a apodreder. É um processo muito pouco eficiente. Imagine-se só o que não deve ser cortar uma árvore gigante a motosserra!)
- Acartar as tábuas e barrotes até ao caminho mais próximo, o que em muitos casos pode significar muitos quilómetros de voassatá e caminhos em péssimas condições.

(Algumas vezes os barrotes e tábuas ficam a apodrecer na floresta, porque o transporte do material nunca chegou...)

(Imaginem a ginástica precisa para descer este caminho, com um monte de tábuas à cabeça...)

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